Acaba de ser lançado pela Editora CRV o livro “(RE)existindo enquanto arte e cultura afro-brasileira no território do Centro Espírita Pai Jeremias”, da pesquisadora Gilda Portella Rocha. A obra, fruto de seu mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea pelo PPGECCO- UFMT, tem prefácio de Silviane Ramos e apresentação de Janaina Santana da Costa, que destacam a importância histórica, política e espiritual do trabalho.
O livro resgata a trajetória do Centro Espírita Pai Jeremias (CEPJ), fundado por Maria José da Silva Matos, a vó Maria, apresentando o terreiro como território sagrado, cultural e estético. A pesquisa une memória oral, análise acadêmica e experiência vivida, revelando a umbanda como espaço de resistência, arte e produção de saberes afro-brasileiros.
Com registros fotográficos, etnografias de festas, catalogação de símbolos e narrativas da comunidade, a obra é descrita como um gesto de justiça epistêmica e celebração da ancestralidade. Mais que um trabalho acadêmico, trata-se de um chamado à valorização das vozes negras, femininas e periféricas que seguem (re)existindo na cultura brasileira.
Sinopse:
Na periferia de Cuiabá, entre cânticos, cores, corpos em transe e saberes ancestrais, vibra um território de acolhimento, luz, força e afeto: o Centro Espírita Pai Jeremias. Gilda Portella Rocha nos conduz por um caminho de (re)existência onde a umbanda se revela como arte viva, cultura pulsante e resistência cotidiana. A partir das memórias da zeladora Maria José da Silva Matos, a querida vó Maria, que tive o privilégio de conhecer ainda em vida, mãe de santo e fundadora do CEPJ, somos convidados a enxergar o terreiro como espaço sagrado, político e estético – onde uma construção espontânea acomoda festas, vestes, guias, imagens, giras e festas dos Orixás e Santos Católicos que contam histórias de pertencimento, espiritualidade e luta. Com olhar de quem vive o espaço em toda sua profundidade e extensão, a autora entrelaça narrativa pessoal, pesquisa acadêmica e poética afro-brasileira para revelar um Brasil muitas vezes silenciado: aquele das práticas negras, das vozes femininas e das memórias coletivas. Este livro é celebração, denúncia e reencantamento, uma leitura para quem deseja compreender – com sensibilidade e profundidade – como se produz cultura, fé e beleza nos caminhos da umbanda.
Tula Kirst Romani Arquiteta encantada
Autora:
GILDA PORTELLA ROCHA
Sacerdotisa de umbanda, multiartista, coafrofundadora do Coletivo Herdeiras do Quariterê, mestre em Estudos de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Mato Grosso. Membra do LATINAS – Grupo de Pesquisa sobre Decolonialidade, Trabalho e Cuidado do CNPq.
Link:
https://loja.editoracrv.com.br/produtos/reexistindo-enquanto-arte-e-cultura-afro-brasileira-no-territorio-do-centro-espirita-pai-jeremias-narrativas-da-zelad/
Detalhes:
ISBN: 978-65-251-7789-2
ISBN Digital: 978-65-251-7788-5
DOI: 10.24824/9786525177892.2
Ano da Edição: 2025
Distribuidora: Editora CRV
Número de páginas: 316
Formato do livro: 16x23
Numero da Edição: 1