No dia 27 de setembro, o Centro Espírita Nossa Senhora do Carmo promoveu a tradicional Festa de Cosme e Damião, um dos momentos mais esperados do calendário popular. A celebração reuniu trabalhadores da casa — Gilda, Dionildo, Giu, Cláudio, Wanira, Paola, Vanice, Gustavo, Célia, Jolvane, Marizete, Giovana, Gustavo, Jhuan, Anita, Wendell, João Vitor, Flávia, Larissa, Gabriela, Luiz, Bianca, Mara, Rafael, Janaína, Helena, Yara, Yasmin, Gabriela, Josélia, Joelson — e assistidos, em uma tarde marcada por fé, fraternidade e alegria compartilhada.
Símbolo central da festa, as tradicionais sacolas de Cosme e Damião foram cuidadosamente preparadas e recheadas com guloseimas como maria-mole, suspiros coloridos, doce de abóbora em forma de coração, jujubas, pipoca doce, pirulitos, paçoca, pé de moleque, doce de goiaba, bananinha, geleia bicolor, balas, além de bolo, brigadeiros, guaraná e brinquedos variados — bolas, apitos, cornetas, língua de sogra, aviãozinho. Mais do que simples lembranças, esses embrulhos representam partilha e generosidade, valores transmitidos de geração em geração.
A festividade ganhou ainda mais força com a lembrança dos Erês, entidades da tradição afro-brasileira ligadas a Cosme, Damião e Doum. Representando a energia da infância — leveza, brincadeiras, pureza e amor — os Erês simbolizam a inocência e a sinceridade, trazendo ensinamentos de confiança e esperança.
Durante o evento, a médium Anita Penna compartilhou um momento marcante: “Como diz meu menino Dudu, com um pote de chantilly na mão para passar no rosto das pessoas: tia, a senhora quer muita ou pouca alegria?”
Para Guilianna Altimari (Giu), a festa reflete a leveza própria de uma infância saudável. Ela lembra que, com o tempo, essa doçura vai se perdendo diante das pressões do cotidiano, das frustrações e da correria da vida. Nesse contexto, a festa dos Erês surge como um resgate simbólico, uma chance de reviver, ainda que por instantes, a espontaneidade e a vitalidade típicas da infância.
Já Dionildo Campos destacou que o sucesso da festa só foi possível graças ao trabalho coletivo de todos os trabalhadores e assistidos da casa, que contribuíram com doações de doces, apoio na limpeza, decoração e na montagem das 150 sacolinhas de Cosme e Damião. Para ele, o evento vai além da comemoração: é a prova de que a união fortalece e nos faz alcançar mais longe.
Este ano, a médium Janaína Costa teve um motivo especial para comemorar: seu retorno definitivo à cidade de Cuiabá. Cheia de fé e gratidão, participou da festa acompanhada de seus filhos gêmeos, sobrinhos e erês. Entre eles, destacou-se Pedrinho, entidade de luz que adora brincar e celebrar a vida. Sempre irradiando felicidade, ele festejou a chegada do cavalo com entusiasmo. Alegre e carinhoso, Pedrinho ama abraços, bola, apito e brincar de cavalinho — sua presença tornou a festa ainda mais cheia de amor e energia contagiante.
No fim, cada gesto simples refletiu a verdadeira essência da celebração: espalhar doçura, cultivar o amor e manter viva a esperança. Assim, a Festa de Cosme e Damião reafirma o elo entre religiosidade e cultura popular, fortalecendo laços comunitários e preservando tradições que unem fé, infância e solidariedade.
Salve Cosme e Damião! Salve as ibejadas!